Tendência dos nômades digitais está em alta — e estes dados comprovam isso

Em um levantamento realizado pelo Ipespe, cerca de 70% dos entrevistados disseram não ter apego a um imóvel fixo. Ou seja, eles preferem morar e trabalhar em diferentes lugares, não apenas em casa. Isso mostra que a tendência dos nômades digitais está em alta. Entenda tudo neste artigo!

Fonte: David Espina / Unsplash

As mudanças no mercado de trabalho geradas pelos avanços tecnológicos e pela pandemia de COVID-19, levou à constatação de que a tendência dos nômades digitais está em alta.

Isso pode ser visto tanto aqui no Brasil quanto em outras partes do mundo. Tanto é que um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) comprova isso.

Segundo o levantamento, aproximadamente 70% dos entrevistados disseram não ter apego a um imóvel fixo Ou seja, mais da metade das pessoas que participaram do levantamento não querem ficar “presas” a um lar predeterminado.

Elas querem sair por aí, conhecer novos lugares e pessoas, fazer amizades e explorar tudo o que o mundo tem a oferecer. Talvez você também tenha esse objetivo ou sonho.

Por isso, vamos explicar melhor por que a tendência dos nômades digitais está em alta e como isso pode ser interessante para as empresas. Acompanhe!

Por que a tendência dos nômades digitais está em alta?

O estudo do Ipespe mostra que há vários motivos para a tendência dos nômades digitais estar em alta. Além da falta de apego dos entrevistados por um lar fixo, 82% dos jovens gostariam de experimentar a moradia compartilhada.

Enquanto isso, 52% dos adultos também disseram que vivenciariam esse modelo em suas vidas. Os únicos que disseram ser mais resistentes a esse modelo foram os idosos. De acordo com a pesquisa, apenas 36% disseram que viveriam dessa forma.

Logo, com base nesses dados, é possível observar que as pessoas e os profissionais estão cada vez mais em busca de uma vida com mais flexibilidade e liberdade.

Especialmente, os millenials e a geração Z, que abrange os nascidos entre o final dos anos 1990 e 2010.  Ainda está incluída uma parte da geração X. Esse termo se refere aos nascidos entre 1965 e 1981.

Por isso, se você é CEO, gestor, diretor ou líder de RH, é de suma importância atentar a esses dados e a esse novo cenário que estamos vivendo. Assim, além de conseguir fazer escolhas mais precisas e estratégicas, você conseguirá atrair e reter os melhores talentos!

Entendendo por que a tendência dos nômades digitais está em alta

Até pouco tempo atrás, a maioria dos profissionais acreditava haver basicamente um único padrão em relação ao trabalho.

Ele consistia em acordar cedo, tomar café, arrumar-se, pegar o transporte público ou dirigir com o próprio veículo até o escritório, passar pelo menos oito horas do dia nele e, depois, voltar para casa.

Atualmente, para muitas empresas e profissionais, a realidade é outra. Isso porque o trabalho remoto e o híbrido, e o anywhere office tornaram-se parte da vida de cada vez mais pessoas.

Nessas novas formas de trabalhar, o profissional não precisa, necessariamente, ir até a empresa para desempenhar a sua função. Se ele tiver os recursos necessários, uma boa infraestrutura e os equipamentos adequados, ele poderá fazer isso de qualquer lugar.

Ou seja, poderá trabalhar de casa, de um coworking, de um escritório privativo e até mesmo de outro país.

Hoje, por exemplo, diversos profissionais brasileiros trabalham para empresas que estão localizadas em outros países, como Estados Unidos, Canadá, Portugal, entre outros.

As vagas para trabalhar em e-commerce e desenvolvimento web são grandes exemplos disso. E não são as únicas, claro.

Novamente, isso é algo que permite mais flexibilidade, liberdade e qualidade de vida aos trabalhadores. Além disso, é a possibilidade de serem pagos em dólar, euro e libra (moedas mais fortes que o real).

Por isso, também, a tendência dos nômades digitais está em alta. Sem contar que existem vários sites para trabalhar remotamente.

Assim, você tem um estilo de vida mais livre, leve e flexível. Para isso, é preciso se organizar e fazer um planejamento adequado. Aliás, essa dica vale tanto para quem deseja trabalhar dessa forma quanto para empresas que pretendem contratar esses profissionais.

 

Fonte: Austin Distel / Unsplash

Os nômades digitais e o atual mercado de trabalho

Apesar das mudanças nos últimos anos e de mais flexibilidade em relação à contratação de profissionais, muitas empresas no Brasil ainda resistem à adoção de modelos mais flexíveis.

É claro que certos tipos de trabalho não permitem esse tipo de flexibilidade. Contudo, existem áreas que podem ser totalmente adeptas a esse formato, mas que mesmo assim não são.

Por exemplo, redatores, designers, desenvolvedores, editores de vídeo, gestores de mídias sociais, tradutores e fotógrafos podem muito bem trabalhar como nômades digitais.

Agora, se uma empresa que precisa de um ou mais desses profissionais opta pelo modelo presencial, pode perder a oportunidade de atrair e reter diversos talentos.

De acordo com o Relatório Global de Tendências Migratórias 2022, já existem 35 milhões de nômades digitais no mundo. A expectativa é que, até 2035, o número chegue a 1 bilhão.

Do total em 2022, aproximadamente 40% têm uma remuneração superior a R$ 34 mil por mês. Muito desse resultado é pela percepção das empresas de que vale a pena investir nos modelos de trabalho remoto e híbrido.

Porém, ainda há muito a mudar. Um levantamento do Page Group mostrou que cerca de 20% dos trabalhadores na América Latina atuam exclusivamente em casa. Por sua vez, 37,5% retornaram ao presencial.

Nesse cenário, o Brasil é o país com maior número de trabalhadores presenciais. No entanto, há uma mudança escalonada. Isso porque 44,3%dos entrevistados afirmam trabalharem na modalidade híbrida.

Além disso, 40% das empresas destacam que desejam manter esse modelo em 2022. Entre os fatores que contribuem para esse resultado estão:

  • Interação entre as equipes: 46,1%;
  • Produtividade: 33,7%.

Outro dado interessante do estudo é que 44% das empresas da América Latina têm funcionários em países diferentes daquele em que sua sede está localizada.

 

Atração e retenção de talentos

A pesquisa da Page Group ainda apontou que os trabalhadores não estão procurando outro emprego. No entanto, 53,3% estão abertos a ofertas.

Ou seja, para atraí-los e retê-los, é necessário oferecer novos benefícios e dinâmicas. De acordo com o estudo, a principal estratégia das empresas para reter talentos é oferecer uma remuneração competitiva. Essa é a escolha de 43,1% dos negócios.

Em seguida, vêm o aprendizado e desenvolvimento (40,3%) e os acordos de trabalho flexível (22,7%). Aliás, o levantamento sinalizou que a flexibilidade é um “benefício altamente valorizado desde a pandemia em toda a América Latina”.

Então, pense em quantos talentos a sua organização está deixando de atrair por causa desse requisito. Hoje, graças à internet, a sua empresa pode contar com profissionais de qualquer lugar do país e do mundo.

Agora, se ela for inflexível e não der pelo menos um pouco de autonomia aos funcionários, a tendência é que ela perca grandes oportunidades e talentos.

Por isso, vale a pena oferecer aos candidatos a liberdade de escolha. Afinal, há profissionais que gostam do trabalho presencial, que gostam de ir para o escritório, de estar com os colegas etc. Outros não.

Ao ser mais flexível e aberta, sua empresa consegue atrair e reter os melhores profissionais do mercado! Não é por acaso que a tendência dos nômades digitais está em alta, e a sua empresa precisa dar atenção a isso.

Então, que tal aproveitar? Faça a sua primeira reserva grátis em um coworking e experimente as novas possibilidades!


Texto por Bruno Guerra, Jornalista, Redator e Analista de SEO. Revisado por Marcelo Madeira, tradutor, revisor e editor freelancer.

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