Guia do trabalho flexível: tudo o que você precisa saber

O trabalho flexível consiste em uma modalidade em que os colaboradores possuem liberdade tanto em termos de localização quanto de horário para trabalhar. Trata-se de uma forte tendência do futuro do trabalho, por isso não pode ser deixado de lado por líderes e gestores empresariais. Entenda!

Uma coisa é fato: o trabalho flexível tem ganhado cada vez mais espaço nas organizações — tanto aqui no Brasil quanto em outras partes do mundo.

Segundo uma pesquisa feita no LinkedIn, 78% dos profissionais brasileiros perceberam que é possível ter uma jornada mais flexível. Essa realidade surgiu durante a pandemia.

Isso porque a necessidade de isolamento social trouxe uma nova perspectiva sobre o mercado de trabalho. A questão é tão relevante que 30% dos entrevistados afirmaram ter deixado seus empregos pela falta de flexibilidade.

Por que isso acontece? Um primeiro ponto é que essa é uma modalidade de trabalho concebida para valorizar e atender às necessidades dos funcionários.

Outro fator importante é que essa é uma forte tendência para o presente e para o futuro do trabalho. Entenda, neste guia, o porquê!

O que é trabalho flexível

O trabalho flexível consiste em uma modalidade que traz mais liberdade para os colaboradores. De modo geral, eles podem escolher os horários e/ou os locais onde querem trabalhar.

Isso acontece, principalmente, graças aos avanços tecnológicos nos últimos anos e à transformação digital. Afinal, eles têm permitido que profissionais possam trabalhar de qualquer lugar — basta ter uma boa internet e um notebook, por exemplo.

Além disso, vale ressaltar que a flexibilidade no trabalho possibilita que os funcionários trabalhem na hora em que quiserem. Na prática, isso significa que eles aproveitam o seu ritmo circadiano para alcançarem seus melhores níveis de produtividade.

Portanto, é uma relação de ganha-ganha. De um lado, os colaboradores se sentem mais felizes, motivados e satisfeitos. Além disso, eles conseguem trabalhar e desempenhar as suas funções com muito mais eficiência e qualidade.

De outro lado, a consequência é a contribuição para o crescimento e para os resultados da organização. Isso se reflete em vantagem competitiva.

Dados do trabalho flexível no Brasil e no mundo

De acordo com um recente relatório da Own Labs, desenvolvido nos Estados Unidos, 90% dos funcionários disseram que eram tão produtivos ou mais trabalhando remotamente quando comparados ao escritório. Além disso:

  • 84% dos profissionais compartilharam que trabalhar remotamente após a pandemia os deixaria mais felizes. Inclusive, alguns estavam dispostos a aceitar até um corte salarial;
  • 71% dos entrevistados disseram que desejam um estilo de trabalho híbrido ou remoto;
  • 60% estavam interessados ​​ou muito interessados ​​em trabalhar em um espaço de coworking no futuro;
  • 56% disseram que desistiriam ou procurariam um novo emprego, caso o trabalho atual não oferecesse a flexibilidade que procuravam.

Ou seja, com base nesses e em outros dados apresentados pelo estudo, é evidente que essa tendência de trabalho mais flexível veio para ficar. Ou seja, essa realidade não é só nos EUA.

Ela também é válida para o Brasil, a Europa e outras partes do mundo. Tanto é que esse estudo realizado pela Own Labs também foi feito na Europa. No Velho Continente, os dados obtidos foram:

  • 92% das organizações europeias estão explorando políticas progressivas no local de trabalho pós-pandemia. Por exemplo, core hours — momentos em que todos precisam estar no escritório — e semanas de trabalho de 4 dias;
  • 89% das empresas europeias planejam ter uma força de trabalho híbrida pós-pandemia. Apenas 11% dos líderes esperam que os funcionários retornem ao escritório em tempo integral;
  • Quase dois terços dos líderes empresariais europeus relataram que o trabalho híbrido torna as empresas mais lucrativas.

Então, dá para notar o quão interessantes e promissores são esses modelos de trabalho mais flexíveis, não é verdade? Agora, e no Brasil?

Para começar, voltamos a citar a pesquisa realizada no LinkedIn que destacou que quase 8 a cada 10 pessoas querem mais flexibilidade no trabalho.

Além disso, outro estudo desenvolvido pela rede social mostrou que 49% dos entrevistados estão considerando mudar de emprego em 2022. Os principais motivos para isso são a busca por melhores salários e o desejo por um maior equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional.

Ou seja, aqui, no Brasil, a busca por formatos de trabalho mais flexíveis também aumenta. Por isso, cabe às organizações e aos líderes atentarem a esse aspecto e se adaptarem a esse novo cenário.

No entanto, essa ainda é uma realidade muito distante em várias empresas no país. De acordo com um levantamento da Deloitte, apenas 46% oferecem práticas flexíveis de trabalho após a pandemia.

Ou seja, isso representa menos da metade. Então, ainda há muito a ser feito — e as empresas que souberem aproveitar isso sairão na frente.

Principais tipos de trabalho flexível 

Atualmente, existem três tipos principais de trabalho flexível. Entenda mais, a seguir, sobre cada um deles.

Trabalho remoto

Nesse modelo, a empresa dá a liberdade de todas as atividades de trabalho serem realizadas fora do escritório tradicional. Ou seja, a distância.

A pessoa pode ir a um restaurante, a uma cafeteria, a uma biblioteca, a um coworking etc. Inclusive, a pessoa pode optar pelo home office em determinados dias do trabalho remoto. Ou seja, ela é livre para definir o que é melhor para ela naquele momento.

Trabalho híbrido

Por sua vez, o trabalho híbrido está relacionado à combinação de atividades no escritório e fora dele. Ou seja, em alguns dias, os funcionários trabalham na sede da empresa. No restante, ficam em outros lugares, que pode ser sua casa, um café, um coworking etc.

Geralmente, a empresa determina quantos dias da semana serão no escritório e quantos dias serão fora dele. Muitas têm utilizado, atualmente, o padrão 3-2 (três dias no escritório, dois dias fora dele) ou vice-versa.

Home Office

Nesse caso, o colaborador trabalha exclusivamente em casa — especialmente quem conta com uma boa estrutura para trabalhar diretamente da sua residência. Porém, de modo geral, a pessoa também pode executar suas atividades em outros ambientes, como em coworkings. Ou seja, na prática, acaba equivalendo ao trabalho remoto.  

 

Como funciona a jornada de trabalho flexível

Nesse formato, os trabalhadores cumprem uma jornada móvel. Eles podem ter um horário de trabalho definido. No entanto, têm a liberdade de escolher como ele será cumprido ao longo do dia.

Então, se a jornada de trabalho de um funcionário for de oito horas diárias, ele pode cumpri-la uma parte de manhã e a outra à tarde, ou uma parte à tarde e a outra à noite, por exemplo.

Lembrando que tudo pode e deve ser alinhado entre as partes, sempre. Afinal, o combinado não sai caro.

Atualmente, inclusive, segundo o artigo 75-A da Reforma Trabalhista, mesmo profissionais que trabalham com carteira assinada, em regime CLT, podem trabalhar em uma jornada flexível.

No entanto, isso exige uma mudança de cultura organizacional. A ideia é que as empresas foquem mais as entregas, em vez do cumprimento do horário de trabalho.

Dessa forma, o objetivo é fazer mais em menos tempo — a definição exata do que é produtividade. Ainda assim, é possível monitorar os funcionários sem microgerenciá-los.

Isso pode ser feito por meio de acompanhamentos diários, tecnologias colaborativas e mais. Portanto, não existem perdas para a empresa.

A questão é que a rotina de trabalho é flexível para os colaboradores. Então, eles não precisam se deslocar até a sede da empresa de segunda a sexta para ficar, presencialmente, das 9h às 18h.

A jornada é muito mais maleável e ajustada conforme a necessidade deles. Isso tende a trazer vários benefícios, como motivação, engajamento e aumento do bem-estar.

Como aplicar uma política de trabalho flexível

Com base nas informações vistas até aqui, deu para perceber que o trabalho flexível pode ser uma ótima modalidade para adotar em empresas. Concorda?

Porém, para ter eficiência, é preciso estudar a melhor forma de adotar o trabalho flexível. Assim, é necessário analisar a realidade interna para fazer os ajustes necessários.

Nesse cenário, é fundamental que as lideranças e o departamento de RH trabalhem em conjunto para:

  • Analisar o perfil dos colaboradores;
  • Avaliar, com base nas condições de trabalho de cada departamento, quais setores podem aplicar esse modelo de trabalho flexível;
  • Elaborar qual será o tipo de jornada e a liberdade que os funcionários terão. Por exemplo, se a flexibilidade será de horário e localização ou de ambos;
  • Definir quais tecnologias, ferramentas e/ou plataformas serão utilizadas para conectar e integrar profissionais e equipes;
  • Realizar testes;
  • Formalizar em documento quais serão as cláusulas e as regras do formato de trabalho;
  • Mensurar os resultados obtidos ao implementar essa modalidade de trabalho.

A partir desses pontos, é possível aplicar uma política de trabalho flexível que, de fato, corresponda ao que a empresa e os colaboradores esperam. Em outras palavras, essa avaliação garante o fit necessário para que todos fiquem alinhados.

Quais são as vantagens do trabalho flexível

Segundo a pesquisa Work-Life-Relationship, realizada pela empresa FlexJobs, 54% dos profissionais com opções de trabalho flexíveis disseram que seu equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal era ótimo ou muito bom.

Enquanto isso, apenas 29% dos entrevistados sem opções de trabalho flexível relataram a mesma sensação.  Ou seja, mais da metade dos entrevistados sente que está com uma boa qualidade de vida. Isso porque trabalham em um formato mais maleável e flexível.

Com isso, a tendência é que esses profissionais se sintam mais felizes, produtivos, criativos e engajados com a empresa Porém, os benefícios não param por aí.

Essa modalidade de trabalho facilita a atração e a retenção de talentos. Isso porque os profissionais desejam ter um certo nível de flexibilidade no local de trabalho, como já mostramos.

Porém, a empresa também consegue contratar pessoas de qualquer lugar do país ou do mundo. Por exemplo, o Woba tem colaboradores em diferentes cidades brasileiras, como:

  • Belo Horizonte;
  • Florianópolis;
  • São Paulo;
  • São José do Rio Preto;
  • Curitiba.

Mas também há profissionais alocados em outros países. Por exemplo, Espanha e Portugal.

E tem até aqueles que vivem verdadeiramente o nomadismo digital, bem ao estilo anywhere office. Por isso, um dia estão em Belo Horizonte, em 10 dias vão para Florianópolis, passam mais um mês em Foz do Iguaçu e consideram ir para o Paraguai e outros países da América Latina.

Achou estranho? A verdade é que essa realidade não existe somente no Woba. Um exemplo é Erin Carey, australiana que criou uma empresa enquanto viajava o mundo.

Portanto, existem muito mais possibilidades do que podemos imaginar. Por isso, o mesmo estudo da FlexJobs indicou que o trabalho flexível influencia 80% dos entrevistados na hora de escolher uma empresa para trabalhar.

Ou seja, se a sua organização ainda não investe nesse formato de trabalho, ela pode estar perdendo diversos profissionais competentes e qualificados.

Por que o trabalho flexível é estratégico para o seu negócio?

De acordo com as informações e os dados apresentados até o momento, já deu para perceber que grande parte da força de trabalho moderna quer flexibilidade. Afinal, isso é importante tanto para os funcionários quanto para as organizações.

Se os colaboradores puderem trabalhar quando, onde e como quiserem, eles terão mais autonomia e se sentirão pertencentes à construção de resultados. Logo, também se sentirão mais engajados e motivados com o trabalho.

Sem contar que é muito mais provável que elas tenham um bom desempenho e se concentrem de fato quando trabalham. Além disso, para os empregadores, além de funcionários mais engajados, motivados e produtivos, os modelos de trabalho mais flexíveis também podem representar:

  • Redução de gastos, como aluguel, contas de energia, água, internet etc.;
  • Redução de turnover, faltas e atrasos;
  • Aumento da escalabilidade. Afinal, o negócio pode crescer exponencialmente e contar com talentos de diversas partes do Brasil ou até mesmo do mundo.

Como o Woba pode ajudar

Com base nessas mudanças recentes no mercado de trabalho, o Woba está sempre pensando em como ajudar empresas de todos os segmentos e tamanhos.

Por isso, nosso foco é criar soluções para conectar empresas e profissionais, garantindo o máximo de produtividade, redução de custos e benefícios para ambos os lados.

O maior exemplo é o OfficePass. Esse é um serviço de assinatura mensal que permite o acesso a mais de 1.000 coworkings em mais de 160 cidades do Brasil.

Ou seja, há uma grande chance de seus colaboradores encontrarem um escritório flexível perto de onde estão. Tudo com o máximo de infraestrutura e ergonomia.

Além disso, o OfficePass oferece acesso às salas de reunião. Dessa forma, sua equipe pode fazer encontros online e/ou presenciais, garantindo o melhor resultado possível.

Ainda existem as salas privativas, também chamadas de escritórios privativos. Esses são locais diferenciados. Apesar de estarem dentro do coworking, ficam reservados.

Na prática, você pode reservar esse ambiente pelo período que desejar. Durante esse tempo, somente a sua equipe pode acessá-lo.

Assim, é possível deixar os notebooks e outros objetos de trabalho na sala. Sem contar que sua equipe terá a liberdade de conversar e contará com toda a infraestrutura necessária.

É ou não é o futuro do trabalho? Então, aproveite para conhecer melhor sobre as possibilidades vendo o case do Woba com o Banco Inter.

 

Ou seja, sua equipe terá ergonomia, espaço, conforto, silêncio, privacidade, boa iluminação e internet de qualidade. Tudo para o que o trabalho flexível seja exercido da melhor forma possível.

Então, que tal entrar nessa com a gente? Aproveite e conheça o OfficePass. São centenas de escritórios para a sua equipe. 


Texto por Bruno Guerra, Jornalista, Redator e Analista de SEO. Revisado por Gabriele Lisboa, revisora textual freelancer.

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