Organização horizontal: como escolher sua forma de gestão

organização horizontal

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O mercado de trabalho evoluiu de forma inquestionável nas últimas décadas. Seja nos direitos e melhores condições de trabalho, seja na forma como as organizações atuam e abordam seus clientes. Não seria diferente na relação das empresas com seus funcionários. Obviamente ainda temos muito, muito, muito mesmo para evoluir, mas acredite: organização horizontal começa a ganhar espaço no mercado, e isto é uma verdadeira revolução.

Mas, o que é mesmo organização horizontal?

A proposta da organização horizontal foge do modelo tradicional focado na estrutura hierarquizada dentro das empresas. Ela sugere um gerenciamento colaborativo para extrair os resultados positivos de todos os envolvidos no processo.

Nesta proposta horizontal, a estrutura convencional, verticalizada em forma de pirâmide, que marcou o século XX, vai aos poucos perdendo espaço. Muito desta reorganização mercadológica veio da necessidade, pois os profissionais se tornaram mais questionadores e menos dispostos a aceitar um modelo de trabalho com o qual não se identificavam. E, consequentemente, aumentando a alta rotatividade dentro das equipes.

O fenômeno conhecido por turnover, impacta diretamente na produtividade das empresas. Ou seja, estamos falando de queda na lucratividade, na imagem que a empresa está levando para o mercado. Entendeu a importância das organizações horizontais?

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Vantagens da gestão horizontal

O mercado está competitivo demais para concentrar todos os esforços de inovação, criatividade e superação em poucas pessoas. As lideranças precisam de equipes confiantes, proativas e pensantes para juntos promoverem mudanças.

A competitividade trouxe novas necessidades para dentro das organizações. E uma delas é ter profissionais com liberdade para inovar e buscar novas soluções para executar tarefas que venham agregar valor à marca. Sim, esta é, portanto, a principal vantagem da gestão horizontal: dar autonomia para produzir melhor. Mas, claro, sob o acompanhamento de uma liderança que confie e inspire confiança.

Para quem está achando fácil demais designar tarefas e tornar a equipe autogerenciável, é bom alertar. Estruturar um grupo, torná-lo responsável pelas próprias entregas e fazer tudo com isso com confiança é um trabalho árduo, mas que vale a pena. Saber selecionar profissionais, treinar e trabalhar em conjunto visando a ascensão do indivíduo e do coletivo é para poucos. Um gestor de equipe com conhecimento técnico intermediária, porém com capacidade exímia de liderança, sem dúvidas tem grande potencial para trazer resultados louváveis.

Uma equipe gerenciada a partir das premissas da organização horizontal, sem dúvidas, terá mais liberdade e incentivo para criar e colaborar para o crescimento da organização como um todo.

Caminho para chegar à gestão horizontal

O primeiro passo, sem a menor dúvida, é entender a diferença entre os modelos de gestão. Olhar para dentro da estrutura que você tem hoje e perceber o quão distante ela está das mudanças que pretende realizar. Depois disto analise os impactos que a efetivação das ações irão gerar.

O segundo passo é perceber se quem está nos cargos de liderança tem de fato potencial para a atividade que estão desenvolvendo. Muitas vezes o profissional chega aos cargos de gestão por terem muito conhecimento técnico, entretanto não tem habilidade alguma para liderar pessoas. O resultado disto é uma equipe desestruturada, sem referência e confiança na liderança. Neste caso, cabe a empresa entender se vale a pena desenvolver o perfil de liderança nesta pessoa, ou não.

Todos queremos aliar qualidade no trabalho e na vida pessoal. Portanto, nosso terceiro passo é entender se o ambiente de trabalho está proporcionando prazer os profissionais, se a carga horária está permitindo que produzam com a mesma intensidade  mesmo na rotina, e perceber a necessidade de flexibilizar mais os horários para que os colaboradores não cheguem à exaustão, mental principalmente.

Muitas empresas já utilizam espaços extras para facilitar a vida dos funcionários. Os coworkings, por exemplo, aproximam o colaboradores alocados em seus espaços do mercado de trabalho. Incentivam à criatividade. Prezam por localizações de fácil acesso. Oferecem estruturas de trabalho estimulantes e com isto tiram profissionais de suas rotinas. E dão liberdade para criar e pensar fora da caixa.

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Mas, e sua empresa, o que tem feito pela equipe?

Definitivamente, a gestão e organização horizontal  visa que as empresas abram a mente. Que os funcionários desenvolvam projetos coletivos. Que tenham autonomia para estabelecer horários e metas. Bem como tenham espaço para apresentar suas opiniões sem gerar qualquer constrangimento ou ressentimento dentro da empresa.

Olhe para sua equipe, liste as últimas contribuições de cada um, identifique as últimas ações que incentivaram a equipe a sair da rotina, da zona de conforto. Olhar para dentro do grupo ao qual está liderando é um exercício prático e indispensável para quem quer identificar e potencializar talentos.

As mudanças devem ser feitas aos poucos, mas nunca adiadas. A equipe pode sim chegar à autonomia máxima, mas nunca sozinhas, sempre junto de uma liderança forte, sábia e justa. Comece a caminhar, em breve a organização horizontal deixará de ser uma escolha e se tornará uma necessidade estratégica à sobrevivência dos negócios.

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