Como gestores inclusivos criam organizações que buscam a paridade de gênero?

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A inclusão de gênero é um tema frequente do mercado de trabalho, que mostra a relevância dos gestores inclusivos. Descubra como eles têm o poder de ajudar na conquista da paridade de gêneros nas empresas!

Quando se pesquisa as boas práticas na empresa e as políticas que podem ser adotadas, a diversidade nas contratações é um tema recorrente. No entanto, a prática ainda deixa de ser aplicada em algumas companhias. Especificamente em relação às mulheres no mercado de trabalho, elas ainda ocupam apenas uma fração dos cargos de liderança, por exemplo.

Nesse cenário, os gestores exercem um papel fundamental para promover a inclusão e auxiliar na conquista da paridade de gênero nas empresas. Se você quer saber como isso é possível, continue com a gente!

Qual é o panorama sobre a disparidade de gênero no mercado de trabalho?

Para começar, é importante entender o que significa a inclusão de gênero. Basicamente, ela se refere à criação de um ambiente em que as mulheres possam utilizar o seu conhecimento e experiência em prol da empresa, recebendo oportunidades de crescimento e valorização compatíveis com as suas habilidades

Ou seja, sem que fiquem em desvantagem apenas por causa de seu gênero. Para entender a relevância do tema, vale considerar as pesquisas divulgadas em 2021, no Brasil. Conforme os dados levantados, as mulheres sofrem com a disparidade em relação aos cargos e salário de diversas maneiras. Veja alguns números:

  • Em 2019, elas recebiam, em média, 77,7% do salário oferecido aos homens;
  • Se considerar cargos elevados, como diretoria ou gerência, as mulheres ganham cerca de 61,9% do rendimento dos homens;
  • Apenas 34,7% dos cargos gerenciais no país são ocupados por mulheres. 

Um cenário semelhante é observado em outros países, como nos Estados Unidos. Dessa forma, é evidente a importância de superar as barreiras e buscar a paridade dos gêneros em relação aos cargos e salários. Inclusive, muitas empresas já atuam com esse foco, construindo um mercado mais diversificado.

Nesse contexto, é válido destacar e nunca é exagero lembrar que há grandes empreendedoras e profissionais no mercado. Então, as barreiras existentes não são geradas por falta de potencial ou competência, mas muitas vezes pelas políticas de contratação, as oportunidades do mercado e, obviamente, a falta de paridade de gênero.

Como os gestores inclusivos podem construir organizações com diversidade?

A temática foi abordada no livro “Glass Half-Broken: Shattering the Barriers That Still Hold Women Back at Work”, ainda sem versão em português, escrito por Colleen Ammerman, diretora da Harvard Business School Gender Iniciative, e por Boris Groysberg, professor da Harvard Business School.

O título faz referência ao teto de vidro — um fenômeno utilizado para falar das barreiras que surgem para as mulheres no trabalho. Na prática, esse teto seria o que impede a ascensão das mulheres no mercado em meio a um ambiente que, em regra, funciona de maneira desigual. 

Para desenvolver o livro, os autores fizeram entrevistas com 275 executivas de alto escalão de diversos lugares do mundo. Os autores conseguiram identificar certo progresso em relação ao tema quando se compara a duas ou três gerações. Apesar disso, ainda existem barreiras que devem ser superadas. 

Nesse sentido, a obra traz alguns pontos que devem ser trabalhados pelos gestores inclusivos para progredir em direção à paridade. Confira a seguir!

Otimize o recrutamento e a contratação

Considere buscar talentos além da rede de contatos já conhecida, que tende a ser comum no momento de preencher novos cargos. Além disso, todos os envolvidos no processo devem estar cientes da importância da paridade e trabalhar para se despir dos preconceitos. 

Uma prática sugerida pelos autores é a adoção de currículos anônimos. Isso ajuda a evitar uma visão enviesada, que pode acontecer mesmo sem a percepção. Como resultado, a medida pode gerar entendimentos importantes sobre as práticas utilizadas nos processos seletivos. 

Invista na integração e no desenvolvimento do time

Outra função relevante de um gestor inclusivo é criar oportunidades na empresa para que as pessoas trabalhem de maneira compartilhada. Ao mesmo tempo, é importante desencorajar práticas que possam ser consideradas excludentes e criar uma política de valores sólidas a respeito da diversidade. 

Para complementar, é interessante investir em treinamentos e outras práticas voltadas para o desenvolvimento do time. Nesse caso, verifique também quais são os critérios utilizados para escolher quem terá acesso às oportunidades, para que as mulheres também aproveitem esse benefício. 

Avaliação de desempenho e promoção

As avaliações de desempenho são uma tarefa comum nas empresas. Entretanto, também é preciso educar os líderes para que a avaliação não seja influenciada por questões de gênero. Ter critérios objetivos, sem ambiguidades ou margem para práticas discriminatórias, pode auxiliar nessa função. 

Ademais, é importante que a mesma prática seja adotada em relação às promoções de cargo e recompensas. Os gestores devem trabalhar na criação de parâmetros objetivos e focados na transparência para a evolução nos cargos e aumentos salariais. 

Também é preciso ter atenção às práticas de retenção, combatendo estigmas que podem surgir, por exemplo, devido à maternidade. Observar o comportamento do restante da equipe é outra medida necessária, a fim de identificar eventuais situações inadequadas e adotar as medidas cabíveis.  

Por fim, vale destacar que não basta a empresa alinhar essas estratégias: é fundamental que aconteça uma mudança nas lideranças, com o comprometimento na aplicação das melhorias. Afinal, é preciso, de fato, superar o teto de vidro existente para que as oportunidades de crescimento existam para todos. 

A paridade de gênero no BeerOrCoffe

O nosso foco não é apenas trazer insights sobre modelos de trabalho, gestão e outros temas do mercado. Também temos entre os nossos valores a promoção de ambientes profissionais saudáveis e a igualdade de gênero. 

Nesse ponto, vale destacar a participação da nossa CEO e cofundadora, Roberta Vasconcellos, no desenvolvimento do BeerOrCoffe. Além disso, a empresa também conta com outras mulheres incríveis em diferentes cargos, incluindo posições de liderança. 

Ainda é importante frisar que trabalhamos para dar destaque às participações das mulheres no mercado. Um exemplo é o webinar da nossa CEO com duas profissionais renomadas: Nathália Tavaroni, da Ambev, e Vanessa Zietlow, do iFood. Elas conversaram sobre trabalho híbrido e você pode acompanhar todos os detalhes neste link.

Depois de aprender mais sobre a importância dos gestores inclusivos e as medidas para buscar a paridade de gêneros, vale a reflexão: essas práticas já fazem parte da rotina do seu negócio? Esse pode ser um bom momento para reavaliar as estratégias e buscar uma postura mais focada na inclusão.

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Texto escrito por Joanna Nandi, Redatora Web.

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